Novos antidepressivos podem oferecer riscos a idosos, alerta estudo
A nova geração de antidepressivos, conhecida como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs), pode ser prejudicial para pessoas idosas, segundo pesquisa publicada pelo British Medical Journal nesta quarta-feira (3). Segundo o estudo, as chances de reações adversas severas são muito maiores do que os medicamentos mais antigos. Os pesquisadores afirmam que os riscos e benefícios de diferentes antidepressivos devem ser avaliados cuidadosamente no ato da prescrição a pessoas mais velhas. A depressão é comum na idade avançada, e antidepressivos, particularmente os de serotonina, são amplamente prescritos. Mas, segundo os pesquisadores, pouco ainda se sabe sobre seus efeitos em idosos. Uma equipe de pesquisadores das universidades de Nottingham e East Anglia investigou os riscos oferecidos por esse tipo de tratamento em idosos. Foram identificados 60.746 pacientes com 65 anos com um recente episódio de depressão entre 1996 e 2007. Muitos deles apresentavam problemas no coração, diabetes e tomavam diversos medicamentos. Durante o período pesquisado, final de 2008, 54.038 (89%) receberam ao menos uma prescrição de antidepressivos -- 55% para SSRIs, 32% para TCAs, 0,2% para Inibidores da monoamino-oxidase (MAOIs) e 13,5% para outros tipos. Os SSRIs foram associados pelo estudo ao aumento da probabilidade para infartos, quedas, fraturas, epilepsia, entre outros. Pacientes diagnosticados com depressão que não tomavam antidepressivos tiveram 7% de rico de morte, enquanto essa porcentagem subia para 8,1% quando tomavam TCAs, 10,6% para os que tomavam SSRIs, e 11,4% para outros tipos de antidepressivos. Ainda conforme os pesquisadores, a quantidade de medicamento prescrita pode ter influência nas reações. Ainda assim, esse tipo de droga não deve ser prescrita sem cuidado.Pesquisa indica reações adversas mais severas em idade avançada.
Cientistas afirmam que os riscos devem ser avaliados na prescrição